O ensino à distância (EAD) tem aumentado cada vez mais e a expectativa é de que supere o presencial em número de matrículas. De acordo com o Censo de Educação Superior, de 2023, divulgado no dia 3 de outubro, das 9,9 milhões de matrículas atuais em universidades e faculdades, 4,9 milhões são em cursos de educação à distância. A diferença entre a procura por cursos universitários de graduação à distância e os cursos presenciais em 2024 é de apenas 150 mil matrículas.
Com o avanço das tecnologias digitais, a EAD se consolidou como uma alternativa acessível e flexível para milhões de estudantes que buscam formação superior. Essa modalidade permite que pessoas que moram em regiões mais afastadas de grandes centros urbanos, por exemplo, tenham acesso fácil à educação de qualidade sem a necessidade de deslocamento para as instituições físicas.
Além disso, esse formato permite conciliar os horários com outras atividades, como o trabalho, cuidados familiares e demais compromissos, o que atrai ainda mais a atenção, principalmente, de adultos que não podem se comprometer integralmente com cursos presenciais.
Uma das principais vantagens do EAD é a flexibilidade, pois o aluno pode organizar a sua rotina de estudos e realizá-los de forma mais segura, acessando materiais e aulas de qualquer lugar e a qualquer momento. Além disso, os custos são muito menores para o estudante, que não precisa gastar com transporte e alimentação, tornando o ensino superior mais acessível financeiramente para muitas pessoas.
Um dos ganhos do ensino à distância nos últimos anos está na qualidade das aulas gravadas, com recursos digitais que ajudam o aluno a se organizar e tornam o acompanhamento cada vez mais atraente. E a possibilidade de fazer cursos em qualquer instituição, muitas vezes com professores de outros países.
No entanto, o EAD também apresenta diversas desvantagens. Uma das principais é a necessidade excessiva de autodisciplina e organização por parte do aluno, que precisa gerenciar seu tempo de forma eficaz para acompanhar as aulas e realizar as atividades propostas. A falta de interação presencial com colegas e professores pode, em alguns casos, levar a um sentimento de isolamento e dificultar o desenvolvimento de habilidades interpessoais, pois qualquer distração pode afetar a concentração do aluno durante as aulas.
Outro fator é a questão da necessidade de uma conexão de internet boa para participar das aulas, que é um fator que pode, de alguma forma, atrapalhar. Por exemplo, se em algum momento houver algum tipo de instabilidade na conexão, o indivíduo corre o risco de perder o conteúdo apresentado durante a aula ou até ficar desestimulado a prosseguir.
