O Brasil inteiro sofreu com picos de poluição do ar, especialmente durante as últimas semanas de inverno, quando o tempo seco, as centenas de queimadas e a ausência de chuvas agravaram a concentração de poluentes. Em alguns dias, a qualidade do ar em São Paulo chegou a níveis críticos, tendo sido considerado pior ar para se respirar no mundo, afetando assim a saúde de toda a população, principalmente crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios crônicos. Com o avanço da fumaça, a situação em Brasília, Porto Velho e muitas outras cidades também foi grave.
O mais espantoso foi que São Paulo ficou entre as cidades mais poluídas do mundo por mais de um dia. Mas quem mede e compara estes níveis de poluição? Existe uma instituição chamada IQAir, responsável pela operação da maior plataforma gratuita do mundo de informações sobre a qualidade do ar em tempo real. O IQAir colabora com organizações não-governamentais e é parceiro tecnológico do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, da ONU-Habitat e do Greenpeace. A preocupação com a qualidade do ar, no entanto, nasceu muito antes na Alemanha, na década de 1960, quando os irmãos Hammes inventaram um filtro de ar doméstico. De lá para cá muita coisa mudou.
Nas últimas semanas, dezenas de jornalistas brasileiros passaram a monitorar a qualidade do ar de cidades brasileiras e comparar com outras cidades ao redor do mundo, famosas por níveis elevados de poluição do ar.
O interessante da plataforma é que dá para monitorar a qualidade do ar a qualquer momento e ver como está o ar na cidade onde vivemos. Basta acessar o IQAir News. E ver dados diferenciados como o nível de pólen no ar, altamente prejudicial a pessoas com asma e outras alergias.
No momento em que esta reportagem estava sendo escrita não havia nenhuma cidade brasileira entre as cinco mais poluídas do mundo. Nem tão pouco entre as 50 mais limpas. Mas o cenário muda a cada instante.