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Taxa de analfabetismo do IBGE revela que 11,4 milhões de brasileiros não sabem ler e nem escrever

  • 3 de junho de 2024
  • redacao_eace
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Se consideradas apenas as pessoas pretas e pardas, o analfabetismo apresenta o dobro de incidência quando comparadas às brancas. Na mesma comparação, na raça indígena é quase quatro vezes maior

Maio de 2024 – O Censo 2022, divulgado neste mês pelo IBGE, expôs os índices de alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais, em diferentes categorias de raça, faixa etária, unidades federativas e em comparação a décadas anteriores. Mas o que dizem os números? Quando se trabalha com esses dados, é importante lembrar que se referem a pessoas, sendo necessário ter cuidado com a abordagem pouco humanizada dessas informações. 

Os números expõem realidades que podem e devem ser combatidas, conforme a Lei 13.696, aprovada pelo Congresso Nacional em 2018, que reconhece a leitura e a escrita como direitos fundamentais dos cidadãos. Mais do que destacar o progresso e a regressão em determinadas categorias, o que também é importante, o foco deve ser entender como vivem essas pessoas que ainda não sabem ler ou escrever, e quais dificuldades existem nos âmbitos de trabalho, do cotidiano e até mesmo de relacionamentos.

Por isso, considerando que 11,4 milhões vivem nesse cenário de obstáculos para o aprendizado e pleno convívio social, os números retratam mais do que porcentagens e avanços. Os dados do Censo 2022 revelam, na verdade, que uma parte considerável da população brasileira ativa não absorve a cultura de nosso país da mesma forma que os outros 151,5 milhões compreendidos na pesquisa.  

A situação ganha fôlego quando se percebe que, dentre os grupos de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos, estão as menores taxas de analfabetismo registradas. Nessa direção, o grupo de idosos, que permanece com a maior taxa, apresentou uma queda considerável nas últimas duas décadas, passando de 38% (2000) para 20,3% (2022).

Esses números são úteis para projetos como o nosso, que buscam conectar cada vez mais escolas e estimular o aprendizado em escalas maiores. Por isso também é importante considerar a digressão das taxas de analfabetismo segmentadas por raça, uma vez que se observa que pessoas pretas e pardas apresentam o dobro de incidência quando comparados aos brancos. Da mesma forma, entende-se que a raça indígena é quase quatro vezes maior, na mesma comparação, justamente pela falta de conectividade e de investimentos educacionais para populações consideradas isoladas geograficamente.