Aprender Conectado – EACE

  • 18 de setembro de 2024
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O manto sagrado Tupinambá, que esteve na Europa por mais de 300 anos, finalmente está de volta ao país de origem. O retorno representa uma importante conquista para a preservação da cultura indígena no Brasil. O manto é feito de penas vermelhas da ave guará e pode ser visto no Museu Nacional, no Rio de Janeiro, onde está em exibição como parte de um esforço para valorizar o patrimônio indígena.

Para marcar a conquista, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), em parceria com o Ministério da Educação (MEC), Ministério da Cultura (MinC) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), realizou a cerimônia de celebração pelo retorno do Manto Sagrado Tupinambá ao Brasil em setembro e contou com a presença e participação de lideranças do Povo Tupinambá. 

Dias antes, o Povo Tupinambá realizou seus rituais sagrados de vigília, além de levar o manto em uma sala da Biblioteca Central do Museu Nacional. Todo o evento está sendo organizado em diálogo permanente com o Povo Tupinambá para garantir o direito sagrado dos indígenas em relação ao objeto.

O manto retornou da Dinamarca, mais precisamente do Museu Nacional do país nórdico, e chegou ao Rio de Janeiro, no dia 11 de julho. A devolução ao país contou com a articulação entre instituições do Brasil e da Dinamarca, incluindo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio da Embaixada do Brasil na Dinamarca, os Museus dos dois países e lideranças Tupinambá da Serra do Padeiro e de Olivença (BA).

Após a exposição, a  vontade dos tupinambás é que seja construído um museu em Olivença para resguardá-lo dentro de seu próprio território. Ainda há a expectativa de repatriação de outros dez mantos que permanecem em guarda de museus europeus.