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Conectividade significativa pode preencher as lacunas da desigualdade tecnológica

Alcançar a conectividade universal e significativa favorece o avanço do letramento digital e equilibra as condições de acesso ao conhecimento

Quando estamos conectados na rede mundial de computadores, temos acesso a uma infinidade de dados que são transformados em conhecimento. A conectividade é capaz de capacitar cidadãos, sejam eles jovens ou adultos, por meio de uma diversidade de informações, auxiliando no aspecto educacional e profissional.

E dentro desse cenário entra o conceito de conectividade significativa, que estabelece critérios mínimos para a conexão de internet. De acordo com levantamento da União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência da Organização das Nações Unidas (ONU) especializada nas tecnologias de informação e comunicação (TICs), é considerado como banda larga conexões de internet fixas de pelo menos 10 Mbps, já no caso da rede móvel, o  4G é o parâmetro.

A conectividade significativa é alcançada quando a lacuna causada pela relação entre desigualdade e o valor dos dados que as pessoas podem acessar, ou não é preenchida. A velocidade da internet em banda larga ajuda a quebrar as barreiras, gerando educação de qualidade, capacitando as pessoas para encontrarem empregos e carreiras sustentáveis ​​ao longo da vida.

Desafios para a conectividade

A conectividade universal e significativa é necessária para atingir os avanços sociais estabelecidos nos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) para a Agenda 2030, da ONU. Especificamente no ODS 9, relacionado à Indústria, Inovação e Infraestrutura, os desafios, entre outros, são o aumento significativo do acesso às tecnologias de informação e comunicação e o empenho para oferecer acesso universal e a preços acessíveis à internet nos países menos desenvolvidos. 

Entenda os três desafios que devem ser superados para que a conectividade significativa seja alcançada:

  • Fechar a lacuna de cobertura:

Atualmente a população mundial atinge a marca de 8 bilhões de pessoas, das quais 95% tem acesso a algum tipo de rede de banda larga, mas 390 milhões de pessoas (5%) não podem se conectar à internet devido à falta de acessibilidade, falta de acesso a um dispositivo e/ou falta de conscientização, habilidades, ou propósito. Essa lacuna gera grande divergências, como, por exemplo, um aluno sem conexão de internet em uma região rural não tem o mesmo acesso às informações e dados que um aluno com conexão nas grandes metrópoles;

  • Preencher a lacuna de uso:

O letramento digital é um objetivo importante na busca por uma conexão universal e significativa, pois um em cada três indivíduos que poderiam ficar online optam por não fazê-lo. A principal causa é o custo desse acesso, falta de conectividade ou falta de um dispositivo que tenha conexão à rede;

  • Alcançar conectividade universal e significativa:

Em muitos locais com conectividade, a baixa qualidade da internet impossibilita o seu uso de forma satisfatória. Alcançar uma conexão significativa de banda larga nesses locais eleva a qualidade do conteúdo e as possibilidades de uso da internet. Em locais que não tinham internet, introduzir uma conexão com a rede pode impactar a vida de toda uma comunidade.

Quatro décadas de pesquisa

Desde a década de 1980 existem debates e relatórios sobre os benefícios sociais e econômicos das telecomunicações. A ideia de conectividade entre aparelhos inteligentes por meio de uma rede existe desde esse período quando a internet como conhecemos hoje começava a tomar forma através da rede militar americana ARPAnet (primeira rede de computadores, criada anos antes para transmitir dados militares)

Quando o uso dessa ferramenta começou a ser aberto para civis,o debate começou a ganhar corpo. Em 1982, a pedido da UIT, a Comissão Independente para o Desenvolvimento Mundial das Telecomunicações publicou o relatório “The Missing Link”. O documento identificava pela primeira vez se havia, ou não, um futuro promissor para o tema.

Desde então, os relatórios seguiram sendo apresentados mostrando progresso significativo da conectividade pelo do mundo, mas ainda há um terço da população mundial offline e muitos online não estão conectados de forma significativa.