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Dos cartões perfurados à armazenagem de dados em nuvem

  • 22 de julho de 2024
  • redacao_eace
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Quando salvamos um arquivo no Google Drive ou utilizamos o OneDrive da Microsoft, raramente paramos para refletir sobre como a capacidade de armazenamento de dados evoluiu e se tornou essencial para a gestão da sociedade digital em que vivemos.

Nos anos 1950, os cartões perfurados eram utilizados por bancos e empresas como a primeira mídia legível por máquina para a coleta de dados. Sim, eram cartões de papel com diversos furos que indicavam a informação ali gravada e que podiam ser lidos pelos enormes computadores da época. Esses computadores ocupavam salas inteiras. Os mais jovens talvez nem conheçam os cartões perfurados, mas eles permaneceram em uso até o começo dos anos 1990.

Com o tempo, a armazenagem de dados evoluiu. Surgiram os disquetes, pequenos discos quadrados lançados nos anos 1960, que se popularizaram com a chegada dos computadores pessoais. Nas empresas, havia caixinhas para armazenar os disquetes, devidamente identificados, como fazemos com as pastas hoje em nossos drives. Um disquete tinha capacidade que variava de 360 KB a 1,44 MB. Hoje, falamos em terabytes quando pensamos em armazenamento de dados em nuvem. Um terabyte (TB) é igual a 1.000 gigabytes (GB) ou 1 milhão de megabytes (MB). Imagine um milhão de disquetes para guardar o mesmo conteúdo que podemos facilmente colocar na nuvem hoje.

Além do espaço de armazenamento, houve uma enorme mudança na velocidade de processamento. A partir dos anos 1980, os disquetes foram gradualmente substituídos pelos CDs, que podiam armazenar até 700 MB de dados, representando um salto significativo em capacidade de armazenamento. Os CDs, ou compact discs, eram amplamente utilizados para armazenar softwares e músicas. No entanto, a necessidade por maior capacidade continuou a crescer, levando ao desenvolvimento dos DVDs, que podiam armazenar até 4,7 GB em um único disco.

O próximo grande avanço veio com os pen drives, também conhecidos como unidades flash USB. Surgidos no início dos anos 2000, os pen drives revolucionaram a maneira como os dados eram armazenados e transportados. Eles ofereciam capacidades de armazenamento que variavam de 64 MB a 80 GB, e sua portabilidade e durabilidade os tornaram extremamente populares. Hoje em dia, é possível encontrar pen drives de até 2 TB. A facilidade de uso e a compatibilidade com uma ampla gama de dispositivos contribuíram para a sua adoção generalizada.

Simultaneamente ao crescimento dos pen drives, os discos rígidos (HDs) também evoluíram significativamente. Os HDs internos, componentes essenciais em computadores, aumentaram sua capacidade de armazenamento de alguns gigabytes para vários terabytes. 

Os HDs externos, por sua vez, se tornaram uma solução popular para backups e armazenamento adicional. Com capacidades que podem ultrapassar os 10 TB, eles são ideais para usuários que precisam armazenar grandes volumes de dados, como vídeos em alta definição e coleções extensas de arquivos.

A computação em nuvem emergiu como uma das mais significativas evoluções no armazenamento de dados. Em 2008, o Dropbox lançou seu serviço de armazenamento de arquivos online comercialmente, permitindo a troca de arquivos pesados virtualmente. Em 2011, a Apple lançou o iCloud e, em 2012, presenciamos a chegada do Google Drive. Ambos funcionam como servidores remotos, acessíveis de qualquer lugar com uma conexão à internet.

Uma das maiores revoluções trazidas pelo armazenamento em nuvem está na flexibilidade e escalabilidade quase ilimitadas, permitindo que empresas, por exemplo, paguem apenas pelo espaço que utilizam e aumentem sua capacidade conforme necessário. Além disso, a nuvem facilita o compartilhamento de arquivos e a colaboração em tempo real, características essenciais em um mundo cada vez mais digital e interconectado.

Outro desenvolvimento notável é o armazenamento em estado sólido, mais conhecido como SSD. Esses dispositivos são uma evolução dos discos rígidos tradicionais, pois não possuem partes móveis, o que os torna mais rápidos e duráveis. Eles oferecem tempos de acesso mais rápidos e maior resistência a choques físicos, tornando-os uma escolha popular para laptops e desktops modernos. As capacidades dos SSDs também têm aumentado, tornando-os uma opção viável para armazenamento de grandes volumes de dados.

Em 2016, tivemos um dos avanços mais recentes e promissores no campo do armazenamento de dados: a criação e desenvolvimento do armazenamento de memória de mudança de fase, conhecido como PCM. Esta tecnologia utiliza materiais que alternam entre estados amorfos e cristalinos para armazenar dados, permitindo uma maior velocidade de leitura e escrita em comparação com os tradicionais discos rígidos e SSDs. No entanto, apesar de suas vantagens significativas, o PCM ainda enfrenta desafios notáveis, como os altos custos de produção e a complexidade de fabricação.

Esta reportagem termina por aqui, mas podemos apostar que em menos de um ano deverá precisar de uma atualização, pois uma nova tecnologia virá para aumentar ainda mais a capacidade de armazenamento dos dados e a velocidade de acesso.