A educação financeira é fundamental para todas as pessoas e já existe um consenso de que deve começar na escola. Embora existam alguns projetos para tornar o conteúdo obrigatório, o tema ainda não avançou a fim de chegue de fato à sala de aula de todas as escolas públicas e privadas. Mas algumas iniciativas isoladas servem de inspiração.  

Em Porto Alegre, por exemplo, a educação financeira tem sido colocada em prática na Escola Estadual de Ensino Fundamental Paulina Moresco, na zona sul da capital gaúcha. O Instituto de Estudos Empresariais (IEE), leciona, através de seus associados, conceitos da educação financeira e assuntos referentes à Inteligência Artificial para os alunos. 

Na edição do ano de 2024, o projeto envolve metade das turmas do Ensino Fundamental II da escola, incluindo três do 8º ano e duas do 9º ano, atendendo alunos em fase de preparação para o mercado de trabalho. O objetivo é tornar as aulas do projeto não só um diferencial para capacitação dos jovens, mas também um complemento curricular.

No ano de 2023, foi proposto um projeto de lei, que inclui a administração financeira nos currículos da educação básica da rede de ensino do país, o PL 5950/2023, que permanece em tramitação no Senado Federal. 

Economistas afirmam que lecionar educação financeira em período escolar é fundamental para que as crianças aprendam desde cedo a necessidade da autonomia no trato com o dinheiro, da auto responsabilidade e da consciência econômica. Além disso, o acesso ao conteúdo financeiro, sendo lecionado de acordo com a faixa etária, é fundamental, pois ajuda as crianças e adolescentes a traçar projeções mais reais e sustentáveis para o futuro.