O documento destaca a importância de uma imprensa livre e independente, além de estabelecer diretrizes rigorosas para o desenvolvimento seguro e ético da inteligência artificial, visando proteger os direitos humanos e capacitar as crianças no ambiente digital
A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou, no último dia 24 de junho, os Princípios Globais para a Integridade da Informação, em resposta ao crescimento da desinformação, das notícias falsas e dos discursos de ódio nas plataformas digitais. O documento visa estabelecer normas para enfrentar esses desafios, promovendo um ambiente de informação mais confiável e transparente globalmente.
Os princípios considerados no documento são:
- Confiança e resiliência da sociedade
- Mídia independente, livre e pluralista
- Incentivos saudáveis
- Transparência e pesquisa
- Empoderamento do público
O protocolo compromete governos, empresas de tecnologia, mídias e anunciantes a combater o uso, a disseminação e o apoio à desinformação. Exige que os governos garantam o acesso rápido à informação, promovam condições para uma imprensa livre, independente e plural, e estabeleçam proteções robustas para jornalistas, pesquisadores e a sociedade civil.
As empresas de tecnologia, por sua vez, devem garantir a segurança e a privacidade, implementando políticas e recursos em todos os países e idiomas, com especial atenção aos grupos vulneráveis frequentemente alvo de ataques online. Elas também são orientadas a intensificar a resposta a crises e adotar medidas para apoiar a integridade das informações durante processos eleitorais.
Em relação à inteligência artificial, os Princípios da ONU exigem que todos os envolvidos no desenvolvimento de tecnologias de IA tomem medidas especiais para garantir que todos os aplicativos de IA sejam projetados e utilizados de forma responsável, respeitando os direitos humanos e adotando processos para proteger e capacitar as crianças. Os governos devem fornecer recursos para pais, responsáveis e educadores.
Em resumo, os Princípios Globais procuram estabelecer diretrizes que promovam um ambiente informativo mais confiável e transparente globalmente, fortalecendo a proteção da democracia e dos direitos humanos diante dos desafios digitais emergentes com a evolução da tecnologia e o aumento do seu uso no cotidiano.