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A adaptação das escolas para enfrentar as mudanças climáticas: um caminho essencial para a sustentabilidade e resiliência

  • 19 de junho de 2024
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Nos últimos anos, várias iniciativas foram lançadas para mitigar as mudanças climáticas, com destaque para os ‘17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável’ (ODS) promovidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2012. O ODS número 13 aborda a Ação contra a Mudança Global do Clima.

Para o sucesso dessas iniciativas, é vital promover a alfabetização ambiental da população, que muitas vezes não está familiarizada com esses grandes acordos políticos. Desenvolver uma cultura de cuidado com o clima torna-se, então, essencial. É necessário educar e conscientizar os cidadãos, especialmente as crianças, sobre as causas e consequências das mudanças climáticas.

Especialistas enfatizam a importância de introduzir conceitos anteriormente considerados restritos aos cientistas como aquecimento global, efeito estufa, energias renováveis, pegada de carbono, desmatamento, reciclagem, empregos verdes, impostos verdes, pegada hídrica, alimentação sustentável, entre outros.

Além de incorporar esses tópicos como disciplinas obrigatórias (uma iniciativa que até agora foi adotada na Europa apenas pela Itália), há uma variedade de atividades sobre mudanças climáticas que podem ser realizadas nas escolas. Isso inclui atividades ao ar livre relacionadas ao cuidado ambiental, trabalhos de limpeza, visitas a sítios e viveiros para aprender sobre o cuidado com animais e plantas, organização de cursos e oficinas de reciclagem, entre outras.

Também há diversos recursos tecnológicos disponíveis, como a plataforma Educaclima, que oferece aos professores materiais educativos gratuitos relacionados ao meio ambiente, mudanças climáticas, consumo responsável, energia e mobilidade. Esses recursos podem ser utilizados em sala de aula para ensinar as crianças.

Um estudo intitulado “Escuelas Verdes”, publicado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em dezembro do ano passado, destacou a necessidade urgente de aumentar os investimentos na adaptação das escolas. O estudo apresentou exemplos práticos e diretrizes para a construção e reconstrução de infraestruturas, com o objetivo de tornar esses ambientes mais resilientes e sustentáveis.

Além da educação ambiental, existem outros dois pontos cruciais na adaptação das escolas às mudanças climáticas:

Infraestrutura Sustentável

Assegurar que as infraestruturas das escolas sejam resilientes e sustentáveis. Isso envolve a construção e reforma de edifícios escolares para que sejam energeticamente eficientes, utilizando materiais sustentáveis e técnicas de construção que reduzam as emissões de carbono.

Resiliência a condições climáticas extremas

As escolas também precisam estar preparadas para enfrentar eventos climáticos extremos, como ondas de calor, enchentes e tempestades. Planos de emergência detalhados devem ser desenvolvidos e regularmente atualizados, incluindo treinamentos para alunos e funcionários sobre como agir em situações de crise.

Em resumo, adaptar as escolas para as mudanças climáticas é uma tarefa complexa, mas essencial. Isso envolve transformar infraestruturas, educar ambientalmente os estudantes, preparar para emergências climáticas, engajar a comunidade, promover transporte sustentável e realizar avaliações contínuas das práticas adotadas. Essas ações não apenas protegerão as futuras gerações dos impactos climáticos adversos, mas também formarão cidadãos mais conscientes e responsáveis em relação ao meio ambiente.