Notebooks para alunos e professores, telas, projetores e carrinhos de armazenamento serão entregues às 177 escolas de todo o Brasil. Instalação da Internet banda larga está em fase adiantada, com mais de 90% de execução

O Grupo de Acompanhamento de Custeio a Projetos de Conectividade – Gape, presidido pelo conselheiro da Anatel, Vicente Aquino, aprovou, na última semana, a assinatura de contrato entre a Entidade Administradora da Conectividade de Escolas – Eace e a Positivo, uma das maiores fabricantes de computador do mundo, para o fornecimento de equipamentos para a fase piloto do projeto Aprender Conectado, que oferecerá conexão Internet banda larga e kits de informática para escolas públicas de todo o Brasil. 

Na fase piloto, que contempla dois municípios nas cinco regiões do Brasil, totalizando 177 escolas, será fornecido um total de 6.241 equipamentos. Serão 287 projetores, 287 telas de projeção, 276 carrinhos para armazenamento e recarga dos equipamentos, 463 notebooks para os professores e 4.928 notebooks educacionais para os alunos.

A negociação da compra, conduzida pela CEO da Eace, Paula Martins, resultou em uma diferença de 27% entre as propostas (inicial e final) apresentadas pela Positivo. O contrato tem duração de 36 meses com o aluguel e manutenção dos equipamentos, além de atualização de software e substituição do equipamento em caso de falha. Ao final, estes equipamentos serão adquiridos pela Eace e doados às secretarias de Educação. “Nosso objetivo é fazer com que os recursos disponíveis para a Eace consigam atender o maior número de estudantes. Foram quatro meses de negociação, mas estamos muito satisfeitos com o resultado”, afirmou Paula. 

A fase piloto do projeto Aprender Conectado está em fase de finalização com a instalação de infraestrutura necessária para a chegada da internet, já realizada em 93% das escolas, 162 de um total de 177 unidades. A rede interna, que possibilitará tecnologia wi-fi em todo o ambiente escolar, já foi executada em 94% das escolas, 167 de um total de 177. 

A entrega dos equipamentos é a etapa final para conclusão da fase piloto que está contemplando escolas nas seguintes localidades: no Norte, Pau D’Arco (PA) e Espigão do Oeste (RO), no Nordeste, Baía da Traição (PB) e Santa Luzia do Itanhy (SE), no Centro-Oeste, Gaúcha do Norte (MT) e Cavalcante (GO), na região Sudeste, Berilo (MG) e Silva Jardim (RJ) e na região Sul, Entre Rios (SC) e Coronel Domingos Soares (PR).

Também está em andamento a segunda fase do projeto, por meio da vistoria de 2.316 escolas públicas das regiões Norte e Nordeste do Brasil. A visita é a primeira etapa para inclusão das escolas no Aprender Conectado e já foi realizada em 1.242 escolas. Estão incluídas 968 unidades no Amazonas, localizadas nas cidades de Manaus, Manicoré e Tabatinga. No Pará, são 1.051 unidades nas cidades de Afuá, Breves, Portel, Porto de Moz e Santarém. Na Paraíba, são 297 escolas, todas na capital, João Pessoa.

Entenda o Aprender Conectado

A iniciativa é uma contrapartida do Edital do 5G, que destina recursos da ordem de R$ 3,1 bilhões para levar conectividade às escolas públicas de educação básica, com a qualidade e velocidade necessárias para o uso pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nas atividades educacionais.

O Aprender Conectado atenderá escolas em todo o País, incluindo as situadas em comunidades indígenas, quilombolas e assentamentos, garantindo conexão com alta velocidade, mesmo para aquelas que não possuem energia, com internet banda larga, rede wi-fi e kits de informática. 

Para definir os critérios do projeto e gerir seus recursos, foi criado o Grupo de Acompanhamento do Custeio a Projetos de Conectividade de Escolas (Gape), composto pela Anatel, ministérios da Educação e das Comunicações, e as empresas vencedoras da faixa de 26 GHz, Algar Telecom, Claro, Telefônica, dona da marca Vivo, e TIM, que criaram a Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (Eace), responsável por toda a execução. O Gape é presidido pelo conselheiro da Anatel, Vicente Aquino, e tem a missão de dar as diretrizes e fiscalizar a Eace.

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