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Educação Especial no Brasil ainda esbarra em falta de preparo profissional e recursos pedagógicos insuficientes

  • 20 de setembro de 2024
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De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Rodrigo Mendes, o crescimento no número de profissionais formados para atuar na educação especial foi de apenas 2 pontos percentuais ao longo dos últimos 10 anos.

Em 2009, 60,5% dos alunos da Educação Especial estavam integrados em classes regulares. Em 2023, esse percentual subiu para 91,3%. Esse crescimento de 30,8 pontos percentuais ao longo de 15 anos reflete um importante progresso em direção à inclusão escolar. Entretanto, ainda existem 154 mil crianças e adolescentes separados em classes especiais ou escolas especializadas. 

A má notícia é que, no ritmo atual, seriam necessários absurdos 540 anos para que todos os professores brasileiros estivessem adequadamente preparados para esse tipo de ensino.

Além disso, as estatísticas mostram que capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Branco apresentam recursos insuficientes para garantir a acessibilidade nas escolas.

Atualmente, a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, instituída em 2008, promove a inclusão de alunos com deficiência nas escolas regulares, garantindo suporte especializado. Esse suporte é oferecido por meio de Salas de Recursos Multifuncionais, onde os estudantes recebem atendimento educacional especializado e contam com a presença de professores capacitados para atuar com esse público.

Além disso, o Brasil possui o Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece metas específicas para a educação especial. Entre essas metas, está a universalização do atendimento escolar a estudantes com deficiência em escolas regulares, com a oferta de acessibilidade e adaptações necessárias.

Infelizmente, o cenário da educação especial brasileira ainda enfrenta muitos desafios. Além da falta de formação adequada para professores, também esbarramos na insuficiência de recursos pedagógicos acessíveis. A sobrecarga de alunos por professor e a falta de materiais adaptados para diferentes tipos de deficiências dificultam ainda mais a prática inclusiva.

Apesar das dificuldades, o Brasil tem avançado na conscientização sobre a importância da inclusão e na elaboração de políticas públicas. A busca é por uma implementação mais eficaz dessas políticas e por uma mudança de cultura, em que a diversidade seja vista como um valor enriquecedor para toda a sociedade, e não como um obstáculo.